domingo, 21 de outubro de 2012

Carta ao bebê Felipe LSM - há dezoito anos



Meu amor pequeno,


fazem quatro meses - quase - que você chegou, e eu nunca mais tinha escrito nada. Você chegou e ocupa todo o tempo, todo o espaço, dá vontade de viver cada dia com você.

Trocar suas fraldas, dar beijos na sua barriga e ver você rir fechando os olhinhos, pegar você no colo e acabar com seu bico de choro... tanta tanta coisa acontecendo que quando a gente vê, o dia já acabou. E já vem outro.

Que bom que você chegou, meu amor... dá medo ainda, será que a gente vai saber? Será que a gente vai se dar bem? Mas a gente te olha e te ama, o tempo todo, e quando você tá perto não tem mais dúvidas.

Seu pai é um pai muito lindo, e a gente tá muito juntos cuidando de você. Ainda tem um problema de grana, o emprego do Banco Central não é de repente a solução que a gente queria, mas já dá a maior força a gente passar nesse concurso. Você dá um sentido de prioridades muito grande à vida da gente, e isso é bom. 

Acordar cedo com você, te colocar no sol, te dar papinha de fruta - é tão importante pra mim, meu amor! Tar junto com você, com seu pai, é a melhor coisa do mundo... mesmo que às vezes a gente fique cansado, mesmo que às vezes queira dormir... mas você chora fazendo biquinho e a gente derrete.

... Tô feliz, meu amor, mesmo com essa doença chata que ainda vai demorar um pouquinho, a gente supera, a gente sobrevive, a gente tá juntos!!!

Valeu, Felipe, parabéns pelos (quase) quatro meses de vida,
Te amo, te amo, te amo...

Sua mãe.

6/10/1994.



3 comentários:

  1. Que lindo, Renata... que boa ideia escrever essa carta para ele bebê... beijão

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    Respostas
    1. é porque agora eu escrevo nazinternets, né, Babs. Mas eu sempre escrevi. Em algum canto. Nem que fosse um guardanapo... ;-)
      E cartas são minha especialidade, acho. Assim que comecei a escrever. Sempre teve gente longe pra receber cartas.
      Beijo!.

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  2. Lindo! Tb passeia a vida escrevendo cartas, uma experiência única e inesgotável.

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