segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Fios de Ariadne - III


Vi algo escrito com o prenome "Franco" e de repente o fio foi puxado. Franco. Quando foi mesmo que ouvi esse nome antes? Ou melhor: o que esse nome tem a ver comigo?
Não precisei de muito esforço pra lembrar: Franco era o garçom do Dino.
O Dino era o restaurante italiano da Rue de la Terrassière, perto do nosso primeiro pouso em Genebra.
Era na esquina, a gente ia lá um monte. Um restaurante pequenino, popular, familiar. Dino e Elsa, sua mulher, na cozinha; Franco, o único garçom, cuidando dos pedidos.
Juju em cadeira alta. A radiola de fichas em que ouvia Mireille Mathieu (Acropolis, Adieu) e Dalida (Paroles paroles), antes de entender.
Quando, dez anos depois de ter voltado pra cá, fiz com o namorado uma peregrinação a Genebra, fomos jantar no Dino. A alegria dele. O spaghetti especial, em uma gôndola de alumínio com aqueles palitos de faíscas nas duas pontas.... de presente, claro. Às lágrimas, Dino, Elsa, eu. Como vão o pai, a mãe, os irmãos. "La petite".
Que viagem. Resultado de imagem para rue de la terrassiere geneve