Segundo dia da retomada do meme dos livros. E agora é "o último livro que você leu".
Bom, eu agora estou lendo cinco livros (cinco de lazer, né, porque tem os "de trabalho(s)", que evidentemente não contam). Então a pergunta se torna "o último livro que acabei".
Acabar um livro: uma dor. Que eu postergo ao máximo, quando gosto do livro. Foi assim com este. Confesso com certa vergonha: deixei três pagininhas por ler. Por meses. Olhava pra ele e pensava: "quase... mas ainda não". É uma maluquez, claro. Me deixa. Eu me apego.
O livro? Ah, é. Nem disse ainda. O livro é "O nome da cousa", da Fal Azevedo. A Fal do Drops. Esse é especial: um livro customizado, um livro produzido único. Algo que começou a ser feito pela Marina W, com seu Caderno de Cinema (que eu tenho também, que amei e... precisa dizer? Inda faltam umas pagininhas...).
A Fal se inspirou e mandou ver, com preciosa ajuda da sua mãe, Maliu, nas ilustrações. Inda veio com marcador fofo, decorado e com frase do Mario Quintana - "Uma vida não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada."
Tempo demais descrevendo as circunstâncias do livro? Não acho. Necessário dizer quão único ele é. Esse é meu. Foi feito pra mim e só pra mim, dialoga comigo, comenta... gente. Vocês nem sabem. Só de escrever isso meu coração esquenta. Tenho DOIS livros feitos só pra mim: o da Marina, o da Fal. Gente.
O livro da Fal é um caderno de anotações: lembranças, associações de idéias, pensamentos. Um diário ao qual a gente tem acesso. Um pouco como o blog, o Drops lincado lá em cima (quando falei no nome dela pela primeira vez, dá uma olhada). Tipo de livro que eu venero. Inda mais sendo da Fal, né. Porque aí é como se eu realizasse o sonho da minha irmã e "ouvisse" os pensamentos dela por um tempo. Em dois tempos: o do livro, o dos comentários. O livro é de 2006. Os comentários são de agora. Seis anos de diferença. Uma delícia de leitura. Como diz Rui Rezende - "publicitário, produtor e gato"-, que faz a orelha: "O Nome da Cousa causará espanto, caso seja esta sua primeira parada no Planeta Fal".
Causa espanto, causa encanto. Dá vontade de comprar um monte e distribuir pros amigos, à maneira de Marcos Lins - ele fez isso, por exemplo, com A Solidão do Cavaleiro no Horizonte . Dá vontade de que todo mundo que eu amo leia a Fal. Leia e se delicie. Leia e se enrede nos encantos dessa prosa tão enganadoramente fácil. Delícia de livro que é pra ler em voz alta. Que é pra contar pros filhos, quando eles já têm a idade certa pra entender. Ou talvez até na idade errada, sei lá.
Deixo um trechinho do Nome da Cousa, que é pra dar uma idéia:
"Vou pegar esse nada que sobrou de mim, esse corpinho de passeio alquebrado, e levá-lo pra comprar uma roupa nova, prum cinema e pro Masp. Que é pra Vida ver quem é que manda".
;)
Fal. The one and only. |
Um livro da Fal comentado pela Renata Lins. Ponto final.
ResponderExcluirÉ, fiquei com vontade de ler um livro da Renata comentado pela Fal...
ResponderExcluirE de ler a Fal também.
E de terminar alguns livros que eu estou lendo só pra começar a ler outros, alguns que ainda nem sei.
E de sair por aí pra comprar um roupitcha nova presse corpinho igualmente alquebrado pós fimdesemanaretadodaporra.
Affff.
PS: Renata, meu bem, senta-te aí e começa a escrever um livro agora messss.
Sonia
hahahaha
Excluirbeijo, Sonia.
Ai, tou cá cabeça parecendo um balão.
ResponderExcluirai, Falzita. Não quero que você fique doente por minha culpa não! Beijos!
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