Meu amor pequeno,
fazem quatro meses - quase - que você chegou, e eu nunca mais tinha escrito nada. Você chegou e ocupa todo o tempo, todo o espaço, dá vontade de viver cada dia com você.
Trocar suas fraldas, dar beijos na sua barriga e ver você rir fechando os olhinhos, pegar você no colo e acabar com seu bico de choro... tanta tanta coisa acontecendo que quando a gente vê, o dia já acabou. E já vem outro.
Que bom que você chegou, meu amor... dá medo ainda, será que a gente vai saber? Será que a gente vai se dar bem? Mas a gente te olha e te ama, o tempo todo, e quando você tá perto não tem mais dúvidas.
Seu pai é um pai muito lindo, e a gente tá muito juntos cuidando de você. Ainda tem um problema de grana, o emprego do Banco Central não é de repente a solução que a gente queria, mas já dá a maior força a gente passar nesse concurso. Você dá um sentido de prioridades muito grande à vida da gente, e isso é bom.
Acordar cedo com você, te colocar no sol, te dar papinha de fruta - é tão importante pra mim, meu amor! Tar junto com você, com seu pai, é a melhor coisa do mundo... mesmo que às vezes a gente fique cansado, mesmo que às vezes queira dormir... mas você chora fazendo biquinho e a gente derrete.
... Tô feliz, meu amor, mesmo com essa doença chata que ainda vai demorar um pouquinho, a gente supera, a gente sobrevive, a gente tá juntos!!!
Valeu, Felipe, parabéns pelos (quase) quatro meses de vida,
Te amo, te amo, te amo...
Sua mãe.
6/10/1994.
Que lindo, Renata... que boa ideia escrever essa carta para ele bebê... beijão
ResponderExcluiré porque agora eu escrevo nazinternets, né, Babs. Mas eu sempre escrevi. Em algum canto. Nem que fosse um guardanapo... ;-)
ExcluirE cartas são minha especialidade, acho. Assim que comecei a escrever. Sempre teve gente longe pra receber cartas.
Beijo!.
Lindo! Tb passeia a vida escrevendo cartas, uma experiência única e inesgotável.
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